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Enxergar que as escolhas estão nas minhas mãos

  • Foto do escritor: Walleska Santiago
    Walleska Santiago
  • 3 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Amaremudarascoisas nasceu de uma reparação - histórica, talvez – não executada. Me arrumei toda pra bater na porta do meu primeiro amor e convida-lo para sair, não consegui. Ao invés disso, me sentei e pari um blog que desde a adolescência sempre quis, mas nunca coloquei para frente - muito também por estar vivendo a geração dos vídeos, acho que quase ninguém me notará por cá, ainda quero passar despercebida, mesmo sendo estranhamente ajeitada para o contrario e acabando nunca conseguindo. Estranhamente não culpei ninguém, nem a ele, nem a mim, não relembrei dos inúmeros porquês o “manter a distancia” é mais seguro e nem da tirania do “você escolheu isso, arque com as consequências” - porque a gente pode mudar de ideia, tá, gente?! - não precisa sustentar uma ideia que não faz mais sentido só porque escolheu isso uma vez. E o que mais vocês lerão por aqui é minha incoerência, porém, muito enrijecida no TENHO QUE SER COERENTE. A moral tá sempre ao meu lado julgando cada passo, tá?! Sim, culpa cristã! Mas isso é papo para outro dia, voltemos ao inicio.


Pois bem, vou começar pelo começo: Domingo, dia 01/09/24, fui ao parque procurar minha gata. Meia hora de procura depois eu parecia uma bruxa andando chamando por ela e uma legião de gatos atrás de mim - nenhum era ela - enquanto eu comandava a caminhada com os gatos que iam surgindo, saindo das arvores, das folhas, dos bancos, de cantos inclusive que nem sei dizer quais eram, eu ia pensando como nossas decisões impactam nossa vida. Eu estava arrumada para sair com quem amo e na verdade estava lá procurando para resgatar um outro amor. Minhas batatas doíam, eu alterava por tons de vozes, ora doces e agudos, ora grossos e fortes. Queria acha-la (ou não), já nem sei mais, queria apenas tomar coragem de quando sair dali pegar um transporte e ir.  Olhava os aplicativos e pensava “não faz sentido”, “não vale a pena”, “domingo, ele não estará lá”. Procurei todas as fugas possíveis para não fazer o que queria. Se eu fizer e der certo, o que restará do que aprendi? O que farei com todas as vezes que fingi ou precisei assumir uma postura diferente de quem sou? Vou apenas jogar tudo isso fora? Assim?... Deu certo!


Voltei para casa sem gata e sem sustentar o que realmente queria fazer. Distancia e o regresso, o caminho da volta: “O idealismo e o amor do começo sucumbe ao sucesso e ao poder, para serem reencontrados no final quando o sucesso e o poder falham – então amor como lealdade e amizade, idealismo como insight profético e contemplação da verdade, retornam”.  Se eu não fizer nada estarei atuando no cinismo, onde temos um padrão extremamente conhecido - vejam se soa familiar: CONHECIMENTO SEM AÇÃO. Vejam só a incoerência, eu disse, né?!


Com amor, Walleska S.

 
 
 

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