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Um pescador joga a rede e relaxa na confiança da pesca.

  • Foto do escritor: Walleska Santiago
    Walleska Santiago
  • 8 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de jan.

Essa é uma volta. Mais que uma volta qualquer e aleatória, esse é um retorno. E retornar é diferente de voltar, quando retornamos vamos de encontro a algo, olhamos aquilo, desarrumamos as malas, fincamos as ancoras e existe tempo ali. Quando voltamos a algo podemos apenas dar uma voltinha ali, uma passagem, um desvio, um algo onde não se faz tempo, apenas passos.


Então, esse é um retorno! Vamos lá: amar e se movimentar para mudar as coisas.


Imagine a vida como uma marcenaria, onde para se trabalhar tem que ter as ferramentas necessárias. Os projetos não funcionam, por mais que se queira a realização dele, eles não saem do papel porque não se tem as ferramentas para se trabalhar naquela madeira. Na vida não é muito diferente. Precisamos de ferramentas que nos são passadas, algumas geneticamente, algumas pelos comportamentos, algumas pelo sentir, e por ai vai. Quando não conseguiram passar as melhores ferramentas pra nossa montagem, a gente é até montado, mas fica frouxo em algumas partes, outras não recebem parafuso, outras não encaixam direito onde deveriam, outras a cola escorre, etc. E bom, deixarei que a imaginação crie novos exemplos..


O ano deveria ser por volta de 2011/2012, eu estava fazendo um móvel de madeira com as próprias mãos pra um projeto de faculdade.  Seria mais fácil eu pedir para alguém fazer por mim e eu só desenhasse, mas, aprendi com minha mãe a desenhar e dar vida a seus desenhos.


Fiz o móvel, quis chorar, de raiva e de emoção misturados pelo trabalho enorme que deu desenhar, criar, fazer ficha técnica, dar vida. Isso não dá pra mim, descobri eu, não sustentei, mas descobri coisas que uso hoje em dia. Ganhei ferramentas novas que achei que nunca iria usar, mas vez ou outra me pego usando. Entendo sobre cor, semiótica, esqueleto de projetos, desenho (não, isso não rolou mesmo), detalhes e visão. Afinei coisas, e, essa lição, eu aprendi comigo mesma enquanto olhava minha avó sentada com seus cabelos brancos, lisos, fazendo algo que parecia teia de aranha enquanto os dedos passavam um pelos outros tão rápido, que mais parecia que iam se enlinhar do que criar algo.


Criavam coisas lindas, em silencio, concentrada, desmanchava, fazia de novo, terminava, começava outro. A observava de longe e percebi que eu era boa observando coisas, tocando em coisas, dando vida a coisas. Mas bom, tudo isso para dizer que, precisamos ter as ferramentas necessárias e se caso não nos foi dado o ensinamento de como manusear aquilo, a gente precisa confiar, arregaçar as mangas e usar as mãos para criar, as ferramentas, os manuais... sejam quais forem.


Com amor, WS. P.s. depois eu venho de novo!

 
 
 

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